Marcel Callo “ Como um
exemplo de fé!!!”
O
primeiro Santo Escuteiro
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Quando, nestes tempos conturbados
para a educação dos jovens, os pais, por causa da vida difícil e azafamada em
tantos trabalhos e solicitudes, não têm tempo para consagrar aos filhos, e os
movimentos católicos cedem lugar a grupos independentes e neutros, bom é
relermos a palavra de João Paulo II, na beatificação do jovem cuja vida hoje se
traz a lume: “Marcel Callo não chegou sozinho à perfeição evangélica. Uma
família modesta, profundamente cristã o conduziu.
O
escutismo e depois a JOC apanharam a deixa. Alimentado pela oração, pelos
sacramentos e pela acção apostólica refletida, conforme a pedagogia destes
movimentos, ele construiu a Igreja com os seus irmãos, os jovens trabalhadores
cristãos. É em Igreja que nos tornamos cristãos e é com a Igreja que se
constrói a humanidade nova”.
Em Rennes, França, para onde os pais se tinham deslocado para trabalharem, numa fábrica de produtos químicos, este rapaz, o segundo de nove filhos, viu a luz do dia, a 6 de Dezembro de 1921. Cedo entrou para a Cruzada Eucarística e se tornou uma criança de comunhão frequente. Após a instrução primária, aos treze anos, já o vemos numa tipografia como aprendiz e em casa, a ajudar a mãe, nas tarefas domésticas e no cuidado dos irmãos, que numa família numerosa há sempre trabalho, a sobrar. Gosta de praticar desporto, de jogar, de contactar com a natureza. Conhecida a JOC, entrega-se com maior entusiasmo ao apostolado entre as classes mais desprotegidas. Os colegas têm-no como chefe, devido às suas qualidades de liderança natural e escolhem-no para dirigente da secção.
Em Rennes, França, para onde os pais se tinham deslocado para trabalharem, numa fábrica de produtos químicos, este rapaz, o segundo de nove filhos, viu a luz do dia, a 6 de Dezembro de 1921. Cedo entrou para a Cruzada Eucarística e se tornou uma criança de comunhão frequente. Após a instrução primária, aos treze anos, já o vemos numa tipografia como aprendiz e em casa, a ajudar a mãe, nas tarefas domésticas e no cuidado dos irmãos, que numa família numerosa há sempre trabalho, a sobrar. Gosta de praticar desporto, de jogar, de contactar com a natureza. Conhecida a JOC, entrega-se com maior entusiasmo ao apostolado entre as classes mais desprotegidas. Os colegas têm-no como chefe, devido às suas qualidades de liderança natural e escolhem-no para dirigente da secção.
Aos
vinte anos, com a invasão da França, as associações foram proibidas. Marcelo,
porém, continua a trabalhar apostolicamente na clandestinidade.
Também
aos vinte anos apaixona-se por Margarida Derniaux cujo amor foi por ele sempre sentido
e valorizado. Ajudam-se mutuamente a alcançar uma vida espiritual mais
profunda. Entretanto, a 8 de Março de 1943, a guerra chega a Rennes. As tropas
hitlerianas convocam milhares de jovens para trabalharem nas fábricas de
armamento.
A sorte cai no irmão mais velho, que
há muito tempo se preparava para o sacerdócio. Marcelo oferece-se para ir em
sua vez e segue para longe , Zella-Mehlis, na Alemanha, com esta palavra nos
lábios: “Não é como trabalhador que parto, mas sim como missionário”. Chamava-o
a sede de ser apóstolo no meio dos companheiros. O trabalho preparado para ele
era o fabrico de bombas. Ao pensar serem algumas talvez para matar seus amigos
e familiares, começa a esmorecer. Forte depressão o esmaga. Ao descobrir,
porém, uma casa particular, onde se celebrava a eucaristia, reanima. Foram três
meses terríveis nos quais não encontrava razões de esperança. Reabilitado com a
comunhão frequente, começa a reunir os colegas e, com a mira de os distrair com
jogos, representações teatrais e tertúlias, nessa escravatura disfarçada,
organiza a JOC. A 19 de Abril de 1944, é preso por ser considerado demasiado
católico. Confirmadas perante os nazis suas atividades religiosas, é enviado
para a prisão de Gotha com outros dirigentes dos movimentos apostólicos.
E como continuasse com o mesmo entusiasmo por Cristo, vai percorrendo alguns campos de concentração, onde cruéis tratos lhe provocam um mau estar geral e variadas doenças. Queixando-se o menos possível, vai procurando animar os outros prisioneiros, até que, sempre risonho e afável, mesmo por entre vexames contínuos infligidos pelos nazis, entregou a sua alma a Deus, a 19 de Março de 1945.
E como continuasse com o mesmo entusiasmo por Cristo, vai percorrendo alguns campos de concentração, onde cruéis tratos lhe provocam um mau estar geral e variadas doenças. Queixando-se o menos possível, vai procurando animar os outros prisioneiros, até que, sempre risonho e afável, mesmo por entre vexames contínuos infligidos pelos nazis, entregou a sua alma a Deus, a 19 de Março de 1945.
O Padre J.B. Jego, de Rennes,
França, escreveu a biografia deste jovem Escuteiro, e rapidamente Marcel Callo
foi reconhecido como um modelo de vida Cristã e corajosa dedicação pelos
cristãos alemães, e pelos Bispos da Alemanha e Áustria.
Marcel Callo foi beatificado pelo
Papa João Paulo II a 4 de Outubro de 1987, e é alguém que nos recorda o
sofrimento e extermínio sistemático de civis (judeus e não-judeus) europeus
pelo regime Nazi.
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